"Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão, eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a LUZ DAS NAÇÕES, para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros, e da prisão aqueles que vivem nas trevas"
Is. 42, 6-7.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Chamado

“Depois subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram ter com ele. Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia. Ele os enviou a pregar, com o poder de expulsar os demônios” (Mc 3,13-15).

Ao falarmos de vocação, é importante sabermos que toda vocação é uma eleição, uma escolha, um chamado de Deus. Jesus primeiro chamou aqueles que ele quis para estarem com Ele, depois os enviou em missão. Estar com o Senhor e ser enviado em missão não são duas coisas excludentes, e Jesus chamou a si os seus apóstolos para que aprendessem a estar com Ele de tal modo que partindo em missão, permanecessem com Ele e Nele.

Não existe um modo específico, estático, de como acontece o chamado, porque Ele é livre e criativo, e nos faz ouvir a Sua voz não apenas de modo subjetivo, como também de forma objetiva. Muitas vezes a voz de Deus estenderá suas raízes já na primeira infância, despertando o eleito do sono, como aconteceu com o profeta Samuel ou dando-lhe a clara consciência da sua total pertença a Deus, mesmo sem o saber.

É importante sabermos que um elemento essencial para que a pessoa eleita possa responder o chamado de Deus é a escuta da Sua voz. Parece óbvio, não é? Mas é importante conhecer bem a voz do Senhor para não confundi-La com outras vozes que clamam dentro e fora de nós. Para desenvolver a sensibilidade à voz de Deus devemos cultivar o desejo de Deus por meio de uma vida segundo os valores do Evangelho.

Quando Jesus chamou os seus apóstolos, Ele entrou no ambiente deles (cf. Mt 4,18-22; 9,9s) e eles não poderiam responder ao chamado se não cultivassem dentro de si o desejo de Deus. Se seus corações estivessem ancorados nos bens terrenos, nas pessoas ou em si mesmos, dificilmente reconheceriam a voz do Senhor e permaneceriam com seus corações insaciados, porque somente no acolhimento da vontade de Deus encontramos a felicidade plena.

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