"Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão, eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a LUZ DAS NAÇÕES, para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros, e da prisão aqueles que vivem nas trevas"
Is. 42, 6-7.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Bento XVI nos fala sobre "Elogiar a Deus com a arte"

MADRI, Mai/10(ACI).- Em breve se publicará o livro sobre música que escreveu o Papa Bento XVI intitulado "Elogiar a Deus com a arte" no qual o Santo Padre "derrama sua paixão pela música e reflete sobre arte, liturgia e teologia", além de dar uma aproximação crítica a obras de grandes compositores como Schubert, Beethoven e Mozart. Conforme informa o jornal La Razón da Espanha, o livro -cuja edição em português ainda não tem data- contém uma introdução de Riccardo Muti, atual diretor do Teatro da Ópera de Roma. No texto o Santo Padre "fala de teologia, do Concílio Vaticano II, de arte e de liturgia" e considera que "a beleza das criações artísticas é uma estupenda maneira de chegar a Deus". "Há uma profunda relação entre a música e a esperança, entre o canto e a vida eterna: não em vão a tradição cristã mostra os espíritos beatos enquanto cantam em coro, tomados e extasiados da beleza de Deus. A arte autêntica, como a oração, não nos afasta da realidade de cada dia, mas sim devolve a ela para ‘regá-la’ e fazê-la germinar para que dê frutos de bem e de paz", afirma a nota que o jornal espanhol escreve a partir da informação do diário La Stampa, da Itália. No livro o Papa Bento XVI "agradece aos músicos que tocam para ele nas audiências e atos oficiais" e expressa sua paixão por seu compositor favorito, Mozart, assinalando que "deixa-me acima de tudo uma sensação de gratidão por haver-nos dado tudo isso e pelo fato de que tudo isso tenha sido dado a ele". O Santo Padre faz uma crítica da perspectiva teológica e cristã sobre grandes compositores musicais como Beethoven e o autor austríaco Schubert, dizendo sobre este último que quando inserida um texto poético em sua música produz uma "trama melódica que penetra a alma com doçura, levando a quem o escuta a sentir a mesma chamada à verdade do coração que vai mais adiante do raciocínio sentido pelo músico". Em novembro do ano passado se lançou o disco "Alma Mater", no qual o Papa Bento XVI fala e canta em cinco idiomas cantos gregorianos e marianos conhecidos. Nesse mesmo mês, sustentou um encontro com 260 artistas na Capela Sixtina no qual recordou a seus compositores a "responsabilidade de comunicar a beleza à sociedade" e sua missão de ser "anunciadores de esperança para a humanidade" através da música.

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